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Expandindo fronteiras: saiba como o Cross Border D2C revoluciona o e-commerce global

O modelo Cross Border D2C está se destacando como uma poderosa estratégia para marcas expandirem suas operações globalmente. Ao eliminar intermediários e alcançar diretamente os consumidores em diferentes países, as empresas podem capitalizar novas oportunidades de mercado. 

Neste artigo, exploraremos como esse modelo está revolucionando o e-commerce global, desde suas estratégias de implementação até os desafios regulatórios e os disruptores emergentes.

Fonte: Yatiken

O crescimento das vendas “sem intermediários”

A modalidade de comércio eletrônico Direct-to-Consumer (D2C), ou Direto ao Consumidor, em português, tem se destacado como uma estratégia eficaz para as marcas alcançarem diretamente seu público-alvo, sem intermediários.  

No D2C, as empresas vendem produtos diretamente aos consumidores, sem a necessidade de intermediários tradicionais, como varejistas ou distribuidores. Enquanto no modelo B2C (Business-to-Consumer), as empresas vendem para os consumidores por meio de canais de varejo ou online, no modelo D2C, elas assumem total controle sobre a experiência de compra do cliente, desde a fabricação até a entrega final do produto.

No Brasil, o D2C já se estabeleceu como um modelo consolidado: com quase 50% de preferência entre os consumidores, conforme revelado por uma pesquisa da Ebit/Nielsen (Webshoppers 46).

O D2C nas indústrias: aliada ou adversária? 

Com a ascensão do comércio eletrônico, as indústrias estão se deparando com uma importante decisão: estabelecer canais de venda diretos ao consumidor ou continuar a depender de intermediários. 

Uma das principais razões para a ascensão da operação D2C é o aumento da demanda dos consumidores por uma experiência de compra mais direta e personalizada. Os clientes buscam não apenas produtos de qualidade, mas também uma conexão mais próxima com as marcas, o que a venda direta pode proporcionar.

No entanto, apesar das oportunidades oferecidas pela operação D2C, também existem desafios significativos a serem superados. Um dos principais obstáculos é a necessidade de investir em logística e infraestrutura para atender às demandas de uma operação de venda direta ao consumidor. Isso inclui desde o gerenciamento de estoque até a entrega rápida e confiável dos produtos.

Além disso, segundo informações do E-commerce Brasil, as indústrias que optam por adotar a estratégia D2C muitas vezes enfrentam resistência por parte de distribuidores e revendedores tradicionais, que podem se sentir ameaçados pela concorrência direta. Gerenciar essas relações e encontrar um equilíbrio entre os canais de venda é essencial para o sucesso da operação.

A importância de um plano eficiente no D2C

Como discutimos no artigo: Passo a passo para implementar vendas D2C na indústria, para maximizar esse modelo, é preciso seguir algumas dicas:

Unindo o D2C na jornada Cross Border

Para além da possibilidade de vender sem intermediários, no universo do e-commerce, a capacidade de ultrapassar fronteiras geográficas e alcançar consumidores ao redor do mundo é mais do que uma vantagem competitiva; é uma necessidade estratégica. 

A prática do Cross Boarder envolve a venda de produtos e serviços além das fronteiras nacionais, permitindo que consumidores de todo o mundo tenham acesso a uma ampla variedade. 

O relatório da Webshoppers 49 mostra que, em 2023, o percentual de shoppers que realizaram compras em sites internacionais foi de 69%, refletindo uma mudança nos padrões de consumo e nas preferências dos consumidores. Outra informação que não podemos deixar passar é a frequência em que os consumidores compraram em sites internacionais entre os anos de 2022 e 2023, entre 1 a mais de 10 vezes:

(fonte: NIQ Ebit (Webshoppers 49) pág. 27)

No contexto do Cross-Borde Global, três nomes se destacam mundialmente: TikTok Shop, Temu e Shein.

Nessa jornada pelo Cross Border, observamos como o modelo Direct to Consumer (D2C), já bem estabelecido nacionalmente, se funde naturalmente com o conceito de comércio transfronteiriço para criar o Cross Border D2C. Juntos, os modelos combinam a proximidade e personalização do D2C com o alcance global do comércio internacional.

O Cross Border D2C busca oferecer uma experiência de compra local, com logística “porta a porta”, soluções financeiras, e estratégias de marketing e vendas adaptadas ao mercado local (go-to-market).

Portanto, unindo as duas estratégias, as marcas não apenas expandem seu alcance geográfico, mas também aprofundam seu relacionamento com os consumidores, oferecendo uma experiência de compra mais rica e engajadora que atende às expectativas de um público global diversificado.

No entanto, os varejistas podem enfrentar desafios significativos, incluindo a competição com marketplaces estrangeiros, que muitas vezes operam com vantagens fiscais, como produtos sub-declarados, criando uma concorrência desleal.

Desafios e importância da legislação internacional para as vendas online

Para alcançar o sucesso nesse cenário complexo e altamente regulamentado, é essencial compreender a importância da legislação por trás das vendas internacionais. As leis e regulamentos variam de país para país e podem afetar diversos aspectos da operação de comércio eletrônico, desde questões fiscais e alfandegárias até padrões de segurança e proteção do consumidor.

Por exemplo, as empresas que realizam vendas transfronteiriças devem estar cientes das regulamentações alfandegárias e tarifárias, que podem impactar os custos de envio e os prazos de entrega. Além disso, as leis de proteção ao consumidor podem diferir significativamente entre os países, exigindo que as empresas se adaptem para garantir uma experiência de compra segura e transparente para seus clientes em todo o mundo.

Outro aspecto crucial a ser considerado é a questão tributária, pois as empresas podem estar sujeitas a diferentes regimes fiscais ao vender para consumidores em diferentes jurisdições. Isso inclui a necessidade de entender e cumprir as obrigações fiscais locais, como a cobrança de impostos sobre vendas e o pagamento de taxas de importação.

Conclusão

Ao adotar uma abordagem estratégica para o Cross Border D2C, as marcas podem expandir suas operações para novos mercados e capitalizar as oportunidades do comércio eletrônico global. No entanto, é crucial que as empresas estejam cientes dos desafios e nuances associados a esse modelo, incluindo questões regulatórias e culturais.

Com as ferramentas certas e uma compreensão profunda dos mercados-alvo, as marcas podem se posicionar para alcançar um sucesso duradouro no cenário global do comércio eletrônico. 

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