E-commerce para atacado (B2B): 3 recursos do e-commerce para varejo que você deve eliminar

Nos primórdios do e-commerce, empresas trabalhavam somente sob o modelo B2C (e-commerce para varejo). Com o passar do tempo, surgiu a necessidade de criar um segmento de e-commerce para atacado, um modelo de e-commerce B2B voltado para cadeias produtivas complexas. Ambos os modelos têm necessidades e desafios bem diferentes, mas infelizmente isso não é seguido por muitas plataformas de e-commerce encontradas no mercado.

 

O novo contexto do e-commerce para atacado

Ao surgir esse novo contexto B2B, as desenvolvedoras de plataformas de e-commerce tentaram aplicar tecnologias B2C em cadeias produtivas complexas. Os sites foram adaptados para o B2B, mas os recursos utilizados não foram adequados e distorciam as métricas de resultados de vendas do atacado, já que os dados são comparados com métricas do varejo.

Entenda mais profundamente essas diferenças no e-book B2B de Verdade X B2B de Mentira

 

Ainda encontramos essas plataformas “adaptadas”, mas os sistemas desenhados para auxiliar o comércio eletrônico entre duas empresas já existem. O que sabemos atualmente é que as características próprias da indústria, se bem administradas e exploradas pelas plataformas de tecnologia, são potencializadas pelas vendas online. 

Abaixo, eu listo 3 recursos que devem ficar de fora do e-commerce para atacado.

Recursos do varejo que você deve eliminar no e-commerce para atacado

  • Preço único para todos

A indústria possui uma longa tradição de vender com preços diferenciados, de acordo com o perfil de cada cliente. Há diversos diferenciações, como as diferentes alíquotas de ICMS para cada estado, os portes diferentes de cada revendedor e a maturidade de relacionamento com cada segmento. Assim, fica quase impossível a tarefa de determinar um preço único para todos os clientes. Além disso, a lista de preço é uma cultura profundamente estabelecida na indústria. Para entender melhor a importância, leia também: Lista de preços: por que é tão importante para o e-commerce B2B?

Outros pontos também são importantes na hora de negociar o preço na indústria, como a possibilidade de comprar em grande volume, o que torna o preço mais competitivo. Bem como o tempo de relacionamento comercial com um determinado cliente, que gera uma maior confiança e mais crédito, também resultando em um valor diferenciado.

Muitas indústrias não conseguiam colocar isso em prática no canal de vendas online por falta de tecnologia apropriada em suas plataformas de e-commerce. Somente com essas condições é o que o comércio eletrônico B2B começa a tomar forma de verdade. Por isso dizemos que este é um dos principais motivos para a adoção de uma plataforma especialista de e-commerce para atacado.

  • Falta de integração com estoque central

Quando o Representante Comercial sai para tirar um pedido, ele sabe quais produtos a indústria tem. No entanto, ele pode não saber o nível de estoque de cada um. Para averiguar isso, ele precisa enviar um formulário para ser analisado. Esse é o método de vendas mais utilizado atualmente pela indústria. Ter um e-commerce integrado com o estoque central permite que o consultor saiba em tempo real quais produtos estão disponíveis. Assim, ele economiza tempo da análise do pedido e rápido retorno ao consumidor, que pode ter de renegociar os itens escolhidos por falta de estoque.

Isso também reflete em maior produtividade para o representante, diminuição dos custos de comunicação e economia de tempo por transação. Nesse sistema, é possível que o próprio consumidor realize os pedidos de reposição de estoque, mais adiante, sem a ajuda de um consultor. Para o representante, sobra mais mais tempo para prospectar novos clientes e priorizar os compradores mais estratégicos, mais frequentes e mais expressivos.

Leia também: Como usar o e-commerce a favor do representante comercial?

  • Painel de desempenho focado apenas das operações do varejo online:

Quando uma indústria vende online, as estatísticas que já existem são voltadas para e-commerce B2C. Nesse modelo de venda, por exemplo, 1,65% dos clientes que visitam o site finalizam a compra. Já no atacado, a taxa de conversão chega a 70%. O valor médio dos pedidos no varejo online é de R$429 (E-bit 2017) enquanto no atacado ultrapassa os R$2000. Portanto, ter métricas diferentes para medir o mesmo resultado acaba distorcendo as estatísticas e expectativas de resultado.

Então, como melhorar essa realidade? Conheça a realidade do B2B e tenha métricas de desempenho que sejam mais realistas para o seu segmento. Taxa de recorrência de compra, por exemplo, é um indicador bastante utilizado no atacado e muito mais relevante para a indústria. Analise quantos dos seus clientes voltam para realizar reposição de estoque e com que frequência fazem isso.

Você já passou por uma experiência desse tipo? Já teve problemas com uma plataforma de e-commerce que não fosse adequada para sua indústria? Antes de fechar negócio, leia: A sua plataforma de e-commerce foi desenvolvida para o mercado B2B?

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Comments ( 2 )
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  • Edna JUNKO MIYAZATO de oliveira

    E como fica o Atacadista de próteses, equipamentos médicos e cirurgicos e de laboratório, que para negociar precisa do CNAE 4645-1/0 e este exige um local fixo com estrutura de recepção, deposito, expedição … e Resp. Técnico Enfermeiro ou médico? Existe legislação que dispensa esta estrutura no caso de e-commerce?

    • Redator Flexy

      Edna, obrigada pelo seu comentário! Esse tipo de caso pode ser consultado junto ao seu setor de contabilidade. Pode ser que haja outro CNAE. Veja com um especialista em tributação 🙂