A regra universal de que o “barato sai caro” pode ser aplicada também no comércio eletrônico. Escolher de uma plataforma de e-commerce é um dos passos mais importantes a serem tomados ao entrar neste mercado. Ela é uma espécie de cérebro do seu e-commerce. Tem capacidade de gerar e captar informações cruciais para o sucesso do negócio. É na plataforma que ocorre a venda do produto ao cliente, pois dá suporte ao site de vendas propriamente dito. Por isso, o preço da plataforma de e-commerce não deve ser o fator decisivo na aquisição, nem para cima nem para baixo.
Se lembra da propaganda da Tigre Tubos e Conexões, produtos que representam apenas 3% da obra e, por isso, não há motivos para economia? No comércio eletrônico, a lógica é semelhante. A plataforma de e-commerce corresponde no máximo a 10% do investimento total na operação. Quer vender muito pela internet? É necessário uma plataforma que não dará problemas na hora que sua loja online estiver cheia de clientes.
É possível que você já tenha lido sobre a plataforma Magento ser mais em conta em comparação a outras opções do mercado e ter múltiplas funcionalidades. O que você não sabe? A plataforma Magento não se adapta a múltiplos servidores em nuvem e não tem suporte adequado, como comentamos em um outro post. Pouco adianta decidir pelo Magento em uma hospedagem na Amazon, pensando que vai suportar ao pico de movimento na loja online em datas comemorativas. Não vai. Eis um problema ao escolher essa plataforma pelo preço.
O fato é que, independente do preço da plataforma de e-commerce, você deve analisar se ela tem alguns fatores indispensáveis, já descritos em um post anterior, e aqui eu destaco novamente, de forma resumida:
1 – Serviço de implantação e acompanhamento
Fique atento ao serviço prestado do fornecedor: criação do projeto de e-commerce, implantação da plataforma, capacitação do empresário e acompanhamento do sucesso da operação de e-commerce. Uma plataforma de e-commerce fora da curva não entrega apenas um software.
2 – Modulação e escalabilidade
A plataforma de e-commerce deve ser suscetível à integração com outros sistemas, como o webservice de uma transportadora, um gateway de pagamentos, com o CRM da sua empresa, entre outras modulações. Tudo isso sem gambiarras que vão prejudicar, lá na frente, os seus negócios, impactando diretamente no cliente que está fazendo a compra.
3 – Flexibilidade e adaptação
A plataforma tem que ter a cara da sua empresa. Isso vale tanto no visual quanto no cadastro de produtos, disponibilidade de estoques, entre outros. Essa customização não precisa vir toda do fornecedor, no entanto, é preciso ter abertura na plataforma para estas implementações. É como os bloquinhos Lego, que você pode ir encaixando para aumentar sua estrutura.
Acrescento, aí, outro fator decisivo: a segurança. A melhor plataforma deve utilizar recursos físicos e virtuais para garantir sigilo e segurança de todas as informações e transações ocorridas no seu site de vendas online. Dentre esses recursos, podemos citar:
- Perfis de acesso com limites de acessos a informações ou funções do sistema;
- Utilização de certificado SSL exclusivo do cliente para garantir a criptografia de todos os dados trafegados;
- Rotinas de backup diário;
- Espelhamento de servidores de forma a garantir alta disponibilidade e desempenho da loja;
- Restrição de acesso, físico e virtual aos servidores, exclusiva a profissionais especializados.
Já se convenceu de que o preço de plataforma de e-commerce não é decisivo na hora de investir neste mercado? Arrisco dizer que é justamente na plataforma que não deve se medir esforços para garantir o funcionamento da sua operação.
Você pode até começar com uma plataforma de e-commerce mais básica e barata. No entanto, quando decidir em aumentar a loja online, terá obrigatoriamente que fazer a migração para um programa mais robusto. Isso implica em começar o projeto praticamente do zero… Pense que pode influenciar na perda de clientes durante o processo de transição! Isso sem falar na “incomodação” que dá ao empreendedor.
Pense nisso.
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