Os avanços em direção às fábricas inteligentes.
Uma revolução industrial não é desencadeada por qualquer novidade tecnológica e, sim, por uma tendência que impacta a produção à nível mundial. Atualmente, os processos produtivos vivem um significativo avanço, trazendo um aspecto mais elaborado em relação ao uso da tecnologia, elevando o ideal de automatização para um patamar muito superior ao que a indústria estava habituada. Isso significa que estamos caminhando rumo à uma quarta revolução industrial, a chamada Indústria 4.0, que trará uma mudança irreversível no modo como os homens se relacionam com as máquinas.
A produção manufatureira já viveu três revoluções industriais. A primeira delas, no século XVIII, foi marcada pela produção mecânica, que era alimentada por água e vapor. Cerca de cem anos depois, com a invenção da eletricidade, a indústria viveu sua segunda revolução: período onde se iniciou a produção em massa, com linhas de montagem e comunicação mais eficiente. Finalmente, nos anos 60, chegamos à chamada Era da Informação, com a introdução da automação e robótica individual, computadores e eletrônica. E na quarta revolução, quais seriam as modificações?
Segundo seus idealizadores, os físicos e empresários Siegfried Dais e Henning Kagermann, na Indústria 4.0 – termo apresentado durante uma Feira Industrial de Hannover, em 2011,- as mudanças da quarta revolução envolvem a digitalização e integração das cadeias de valor: TI, máquinas e pessoas trabalham conectadas em fábricas inteligentes. Para eles, “as modificações pretendem alterar nossa forma de viver, trabalhar, consumir, negociar, investir e o modo de nos relacionar com os outros.”
Princípios:
A Indústria 4.0 é respaldada por 6 princípios, propostos pelo grupo alemão em 2011. Uma empresa que deseja participar de fato dessa revolução precisa seguir esses preceitos:
- Interoperabilidade: a capacidade de máquinas, dispositivos, sensores e pessoas de conectar e comunicar através da Internet das Coisas (IoT) e Computação em Nuvem.
- Descentralização: a habilidade de sistemas ciber-físicos de tomar decisões por conta própria e executar tarefas da forma mais autônoma possível.
- Orientação ao serviço: a habilidade de sistemas ciber-físicos de ajudar humanos ao agregar e visualizar informações sobre a fábrica e, então, sugerir soluções. Além da capacidade de apoiar fisicamente os seres humanos em tarefas exaustivas ou inseguras.
- Virtualização: a habilidade de sistemas de informação de criar cópias virtuais das fábricas inteligentes, permitindo a rastreabilidade e monitoramento remoto de todos os processos.
- Capacidade em tempo real: coleta e análise de dados e entrega de conhecimento de forma instantânea, permitindo a tomada de decisões em tempo real.
- Modularidade: adaptação flexível das fábricas inteligentes para requisitos mutáveis através da reposição ou expansão de módulos individuais
Para executar a visão da “Fábrica Inteligente”, de acordo com esses princípios, é preciso contar com o apoio de determinadas tecnologias, que apresentaremos no próximo artigo do blog. Com a aplicação delas, podemos criar empresas digitais não só interligadas e autônomas, mas com capacidade de se comunicar, analisar e usar dados para impulsionar ações inteligentes de volta ao ambiente físico.
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O caminho até uma completa transformação é longo, mas já demos o primeiro passo. A expectativa é que os impactos da Indústria 4.0 transformem profundamente as plantas fabris, trazendo eficiência, aumento da produtividade e redução de custo.