Se você possui uma rede de franquias e deseja abrir um e-commerce para comercializar seus produtos, boa parte do seu trabalho está feito. Já existe um relacionamento contratual com seus franqueados bem como um canal de comunicação obrigatório para revendedores. Então, por que não começar logo?
Como já discuti em artigos anteriores, algumas franquias ainda demonstram resistência em disponibilizar seus produtos e serviços na web por meio de um e-commerce. O principal motivo são os conflitos entre franqueados e fornecedores.
Ao abrir uma franquia, o empresário que adquiriu os direitos à marca naquele local entende que é trabalho dele vender para o consumidor final. Por isso, esses mesmos empresários podem ficar ofendidos e até lesados ao ter uma loja online realizando essa venda.
Participação nas Vendas
Empresas como Uatt?, Imaginarium e Chilli Beans tentaram amenizar esse sentimento ao dividir parte do faturamento online de certa região com os franqueados que estabeleceram suas lojas naquela mesma região. Essa é uma boa estratégia, mas ainda assim não é a ideal. Para o lojista é muito mais rentável se ele mesmo fizer a venda, certo?
Um solução para evitar esse tipo de tensão, e que deveria ser seguido por mais franquias, é aquela que encaminha os pedidos feitos pela plataforma online para a loja física. Isto é, um sistema com mecanismos de distribuição de vendas, seja por proximidade geográfica, sorteio ou fila (quando os pedidos seguem uma ordem e os franqueados precisam aguardar sua vez), capaz de incluir a unidade da franquia na cadeia de vendas online. Essa inserção, que funciona como um e-commerce descentralizado, muitas vezes acaba neutralizando o conflito.
Nível de Participação das Unidades
Ao utilizar o modelo de e-commerce descentralizado, entretanto, é preciso certificar-se de que toda a rede de franqueados esteja pronta para o e-commerce. Escolha aquelas estão preparadas para prestar o serviço e que tenham mais interesse. Elas certamente terão uma performance melhor.
Caso nem toda a rede esteja preparada, é possível começar com os franqueados mais maduros de cada região e usar o e-commerce descentralizado somente com eles. Aos poucos, você pode ir inserindo o restante das unidades.
Outra alternativa para esses casos é classificar o tipo de participação das vendas online em diferentes níveis. Por exemplo: participação ouro, prata e bronze, onde a unidade com o maior nível realiza mais tarefas, mas também recebe maior porcentagem de vendas.
As tarefas podem variar desde receber os pedidos online e preparar os produtos até chamar a empresa de logística e frete dentro do prazo correto.
Padronização
É importante que a execução das atividades seja padronizada, para que não haja diferença entre pacotes ou demoras desnecessárias com certos pedidos.
Outra dica que costumo dar aos empresários, é utilizar um call center único para todas as operações e fazer um convênio de frete para todas as unidades.
#
Essa é uma das soluções encontradas por franquias para gerenciar suas unidades e faturar mais. Eu explico outras no texto: Como franqueadoras estão utilizando tecnologia de marketplace para organizar fornecedores e faturar mais? Se você ainda estiver com dúvidas em relação a criação de e-commerce para franquias, leia também: E-commerce para franquias – modo de fazer.
6 thoughts to “Criação de e-commerce para franquias: evite dores de cabeça com nossas dicas”
No meu caso o que me deixou acabada foi uma pequena protus
Ai nem me fala de nervoso e estresse, passei por situa
– Quero agradecer por este feed ter me ajudado muito em minhas pesquisas sobre o E-commerce…
Legal, Jose, nós que agradecemos a visita!