O e-commerce de produtos usados, conhecido também como “recommerce”, tem ganhado destaque nos últimos anos, impulsionado pela crescente preocupação ambiental e a busca por alternativas sustentáveis.
Neste artigo, abordaremos uma dúvida bastante comum: como dar entrada de produtos usados no estoque do e-commerce? Falaremos também sobre como o recommerce pode ser uma oportunidade de crescimento em 2024 e daremos destaque à importância do controle de estoque nas operações do e-commerce.
“No e-commerce de produtos usados e antigos de pessoas físicas, normalmente adquiridos sem nota fiscal, como deve ser o procedimento correto quanto à comprovação da entrada de mercadoria?”
Essa foi a dúvida número 5 do Manual de Perguntas e Respostas, que responde algumas das perguntas comuns sobre práticas e tributação no e-commerce. Com ajuda do SEBRAE, vamos te ajudar a entender melhor abaixo:
Ao adquirir produtos usados e antigos de pessoas físicas, muitas vezes sem a nota fiscal, o Microempreendedor Individual (MEI) se depara com desafios na comprovação da entrada dessas mercadorias. Abaixo, apresentamos um guia passo a passo para o procedimento correto nesse contexto.
1. Comprovação da Entrada de Mercadoria
Na ausência de nota fiscal na compra de produtos usados, o MEI deve adotar medidas adequadas para comprovar a aquisição. Recomenda-se a emissão de uma Nota Fiscal de Entrada, a ser preenchida em seu próprio talão (bloco). Nesse processo, é essencial discriminar todas as mercadorias adquiridas, inserindo seus dados próprios no campo do destinatário.
Alternativamente, o MEI pode optar por solicitar o envio de uma Nota Fiscal Avulsa junto à Secretaria de Fazenda Estadual, fornecendo uma documentação formal que comprove a entrada das mercadorias em seu estoque.
2. Emissão da Nota Fiscal de Venda ou Prestação de Serviços
Uma vez formalizada a entrada das mercadorias, o MEI deverá seguir os seguintes passos para emitir uma Nota Fiscal de Venda ou Prestação de Serviços:
a. Autorização de Impressão de Nota Fiscal (AIDF):
Procure a Secretaria de Fazenda estadual (para atividades de vendas e/ou serviços de transporte intermunicipal e interestadual) ou do Município (para atividades de prestação de serviços e/ou serviços de transporte municipal) para solicitar um AIDF.
b. Confecção dos Talões (Blocos) de Notas Fiscais:
Com a autorização em mãos, busque uma gráfica para confeccionar os talões de notas fiscais, garantindo a regularidade na emissão.
c. Emissão de Nota Fiscal Avulsa, Impressa ou Eletrônica:
Caso não tenha autorizado a emissão dos talões próprios de notas fiscais, o MEI poderá solicitar às Secretarias de Fazendas estaduais ou municipais a emissão de nota fiscal avulsa, seja impressa ou eletrônica, conforme necessário.
3. Nota Fiscal Eletrônica (NF-e)
É importante ressaltar que o MEI não possui a obrigação de emitir uma Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), conforme estabelecido pela Resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional nº 94/2011. Entretanto, caso prefira, o MEI tem o direito de realizar a emissão da NF-e, se disponibilizada pelo estado.
Esses procedimentos visam orientar o MEI na correta comprovação e emissão de notas fiscais, garantindo regularidade e transparência em suas operações comerciais, mesmo quando lidando com produtos adquiridos sem nota fiscal prévia.
Recommerce 2.0: uma tendência sustentável em 2024
No cenário atual, a busca por produtos usados tem se intensificado, especialmente entre os consumidores mais jovens, que valorizam a sustentabilidade. Esse foi um tema bastante citado no maior evento de varejo do planeta, o National Retail Federation (NRF), realizado neste ano. Confira os principais insights do evento aqui.
O recommerce, modalidade que visa comercializar produtos usados pela internet, surge como uma alternativa nobre para reduzir os impactos ambientais da produção industrial. A compra de produtos usados ganha espaço, como aponta uma pesquisa realizada pela CNDL , SPC e Sebrae, evidenciando a preferência por itens como smartphones, eletrônicos, livros, eletrodomésticos, roupas e calçados.
Recommerce como Estratégia de Diferenciação
Muitas empresas estão adotando estratégias de recommerce para diversificar seu público e fortalecer sua imagem de sustentabilidade. Alguns incorporam a logística reversa, coletando produtos usados dos clientes, reformando-os e revendendo-os em uma seção específica de suas marcas de e-commerce.
Essa prática não apenas amplia a base de clientes, mas também contribui para a rentabilização do negócio, estimulando os consumidores a adquirirem mais produtos, mesmo os mais antigos. Geralmente, o modelo de revenda pode ser obtido através da criação de um marketplace de produtos usados.
Outra maneira de trabalhar a revenda de forma sustentável é por meio do e-commerce para locações, onde os produtos são alugados e retornam ao dono e, portanto, geram renda por diversas vezes.
Importância da gestão de estoque para e-commerce de produtos usados
A automação é peça-chave na gestão de estoque de e-commerce, especialmente quando se trata de produtos usados. Com a agilidade e organização proporcionadas por softwares automatizados, é possível garantir um controle em tempo real e minimizar erros. Uma boa gestão de estoque não só ajuda a atender as necessidades dos consumidores, mas também a potencializar os resultados do negócio.
Portanto, para os empreendedores que estão considerando ingressar no mercado de recommerce, é essencial compreender todo o processo de entrada no estoque e a importância de uma gestão eficiente. A venda de produtos usados não só representa uma oportunidade de negócio lucrativa, mas também uma forma de contribuir para a preservação do meio ambiente e para um consumo mais consciente.
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A Flexy oferece soluções completas para e-commerces, combinando práticas de recommerce, emissão adequada de notas fiscais e automação na gestão de estoque. Ao adotar a sustentabilidade e práticas eficientes, os e-commerces podem se destacar e conquistar um público cada vez mais consciente e engajado. Além disso, a Flexy mantém seu estoque atualizado no ERP do lojista e, uma vez concluída a venda, a NF é atualizada e enviada para o consumidor.
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